Sinpojud se reúne com corregedoria do CNJ

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A presidente e os diretores do Sindicato dos Servidores Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINPOJUD) estiveram na última quinta-feira, 27/01, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eles e outros representantes de cartórios e técnicos do judiciário participaram de reunião com a Corregedora Nacional do CNJ, ministra Eliana Calmon.

A intenção do grupo é reforçar as demandas da categoria junto ao Conselho. De acordo com o diretor de imprensa e divulgação do Sinpojud, Zenildo Castro, o maior problema enfrentado hoje pelos servidores do poder judiciário nos cartórios extrajudiciais é o abandono do governo, “Hoje é absurdo a forma como os cartórios estão sofrendo com a carência de pessoal e equipamento e a falta de atenção que o Tribunal dispensa ao nosso trabalho”.

Zenildo lembrou que hoje vários funcionários vêm sofrendo com o acumulo de funções. Em algumas comarcas do interior um mesmo funcionário trabalha em diferentes distritos. Há ainda cartórios que parecem ter parado no tempo, “existem locais que ainda não possuem sistema de informática, que trabalham com aparelhos de datilografia e armazenam os arquivos em fichários simples”, descreve.

Para ilustrar esses problemas, os diretores levaram à ministra vídeos e documentos que comprovam o abandono dos cartórios extrajudiciais. A presidente do Sinpojud, Maria José Santos da Silva, conta que em alguns cartórios do interior da Bahia, como em Ilhéus e Itabuna, os moradores da cidade têm que chegar aos cartórios de noite para enfrentar longas filas e poderem ser atendidos no dia seguinte.

Todos esses aspectos do trabalho dos servidores foram discutidos durante o encontro. Nele, a ministra Eliana Calmon expôs seu posicionamento sobre a solução para os cartórios extrajudiciais estatizados na Bahia. “eu entendo que a melhor solução seria o Tribunal de Justiça tomar afeito à tarefa de aparelhar esses cartórios para que eles pudessem funcionar, porque a população baiana está sofrendo demais com o desamparo do poder público em relação ao serviço de cartório”, esclarece.

Eliana Calmon destacou ainda que a Corregedoria já foi à Bahia e fez uma tomada de posição sobre as irregularidades que foram apresentadas. Agora está voltando ao Estado para ver se as recomendações foram cumpridas. Ela explica que o relatório não está pronto, mas que já é possível ver que em relação à questão dos cartórios extrajudiciais quase nenhuma providência foi adotada e que agora eles terão que tomar providências para melhorar os serviços.

A ministra, que nasceu em Salvador na Bahia, elogiou a iniciativa do sindicato em defender de forma equilibrada os direitos dos servidores do judiciário. “Eu acho extremamente democrático os servidores virem à corregedoria sem posicionamento político ou sem haver acusações à presidente do Tribunal ou ao corregedor. Isso é muito civilizado e eu estou orgulhosa dos servidores da minha terra”, comentou a ministra.

Depois da reunião, os diretores estavam otimistas quanto aos possíveis desdobramentos da audiência. A presidente do Sinpojud, Maria José Santos da Silva, espera que as reivindicações dos servidores sejam atendidas. “Eu saí muito satisfeita porque ela nós atendeu com atenção e está sabendo dos problemas dos servidores e, principalmente da Bahia. Eu tenho certeza que a partir de hoje ela vai fazer tudo para que a gente possa melhorar os serviços no Estado”.

Para dar continuidade ao trabalho de levar ao governo os problemas passados nos últimos anos pelos servidores, o Sinpojud se reúne na próxima terça-feira com o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Ricardo Chimenti. Eles estão preparando um relatório com documentos, vídeos e outras informações que comprovem os estado de abandono de alguns cartórios da Bahia.

Fonte: CSPB

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